Por que afirmar hoje que o homem é um ser "especial", posto no vértice do mundo animal e não um ser "qualquer", embora mais evoluído, um entre tantos outros seres que povoam o mundo, como alguns supõem com mais frequência e com maior convicção?
E quais as implicações e conclusões mais im portantes que podem derivar daí para a ideia de homem e de sociedade, caso pre- valeça uma ou outra das duas afirmações? Quais os argumentos e quais as provas irrefutáveis, se houver, poderão garantir uma possível conclusão e qual sua cre- dibilidade científica e, sobretudo, seu valor antropológico?
Quais as orientações menos controvertidas e mais difundidas, a propósito dos novos estudos sobre a origem da vida animal no mundo, com particular referência àqueles seres animais muito mais próximos biologicamente do homem? Pode significar algo para o ho- mem saber que é "especial"?
Em que direção poderá se desenvol o debate quan- do se considerar que no homem, apesar de tudo, atuam forças destrutivas, que contra toda lógica de desenvolvimento das condições de vida dos indivíduos, ten dem a levar a humanidade para formas de vida pré-humanas?
As perguntas a esse respeito são muitas e, as respostas, quando existem, são parciais e provisórias pela complexidade das questões em jogo, tornando difícil qualquer resposta que possa ser considerada exaustiva e definitiva. Responder à pergunta sobre o porquê e sobre como é possível para o homem, por intermédio da atividade da mente e da linguagem, habitar o mundo, possuí-lo e recriá-lo, é o fio condutor deste livro, é a razão última de uma pesquisa apaixo nada" sobre o homem e sobre seu destino.
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