Em "Água Viva" a autora se confunde com a personagem uma solitária pintora que se lança em infinitas reflexões sobre o tempo a vida e a morte os sonhos e visões as flores os estados da alma a coragem e o medo e principalmente a arte da criação do saber usar as palavras num jogo de sons e silêncios que se combinam a especialidade da própria Clarice.
Traz uma linguagem ricamente metafórica em que coisas ações e emoções do dia-a-dia se transformam em grandiosas digressões indagadoras sobre o sentido da existência e da vida. Seguindo a linha de características introspectivas de seus livros cria em "Água Viva" uma obra singular verdadeiro relato íntimo que projeta em flashes verdadeiros resumos de estados de espírito em tom de confidência onde a subjetividade sobrepuja o factual e a narradora é responsável pela cadência do texto.
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