Estudantes e profissionais de Direito defrontam-se normalmente com a necessidade não apenas de interpretar leis e textos doutrinários como também de produzir trabalhos acadêmicos ou petições.
A prática forense e o desempenho estudantil exigem o conhecimento da língua portuguesa voltado não apenas para preocupações gramaticais mas principalmente para temas lingüísticos de maior relevância como o é a estratégia de produção do sentido quer quanto à decodificação de textos quer quanto à elaboração de peças e documentos forenses.Difere pois dos manuais de Língua Portuguesa que se apóiam no estudo de normas gramaticais nem sempre defensáveis cientificamente que podem levar a preconceitos lingüísticos estabelecendo a variante padrão da língua como a melhor e estigmatizando todas as outras.
Ao ocupar-se do sentido abandona concepções tradicionais de que o estudo da língua deve focalizar questões de certo e errado e que escrever bem é escrever segundo uma forma eleita como correta.O texto parte da perspectiva de que para estudantes e profissionais de Direito é relevante o conhecimento do funcionamento da linguagem que situa o texto no contexto sócio-histórico e mostra como o sentido se forma dentro de uma sociedade e como não está imune à ideologia de seu tempo.
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