Os juros fazem parte da vida de todos - aparecem tanto nas discussões sobre o crescimento econômico da nação como em aspectos miúdos do dia-a-dia.
O princípio econômico é simples: o devedor antecipa um benefício para desfrute imediato e se compromete a pagar por isso mais tarde, e quem empresta cede algo de que dispõe agora e espera receber um montante superior no final da transação. Em O valor do amanhã , Eduardo Giannetti defende que este aspecto dos juros é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese.
A questão dos juros "não se restringe ao mundo das finanças, [mas atinge] as mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual, a começar pelo processo de envelhecimento a que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos", diz Giannetti. Desde o momento em que aprendeu a planejar sua vida, o homem antecipa e projeta seus desígnios usando esta prática. Mesmo antes disso, a noção de juros já "está inscrita no metabolismo dos seres vivos e permeia boa parte do seu repertório comportamental". A prática de dieta, a dedicação aos estudos e os exercícios físicos para melhorar a saúde são situações da vida prática nas quais se manifesta a realidade dos juros.
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